sexta-feira, 24 de outubro de 2008

CEFAM

Comecei um curso, na última quarta-feira, sobre alfabetização: o tal do “Letra e Vida”. Sempre achei a alfabetização e o processo de aprender muito interessantes! Mas, mais interessante ainda, é estudar novamente naquele prédio da Rua das Figueiras...
Impossível entrar e não sentir uma onda de sensações e lembranças dos bons tempos que passei ali, como aluna de magistério do CEFAM de Santo André.
Depois que a escola passou a ser usada como Diretoria de Ensino, o prédio passou por uma série de reformas. Aquele pátio, onde almoçávamos, dançávamos, jogávamos ping-pong, cantávamos o Hino Nacional e outras cositas não existe mais. Paredes surgiram ali, e os pequenos espaços viraram frias salas de repartição pública. No lugar da quadra, há um estacionamento. O marmiteiro virou depósito; a biblioteca, um refeitório.
Na parte de cima quase nada foi mudado.
Nas escadas que levam às salas de aula, me vi de uniforme, cumprimentando a tia Márcia e subindo para mais uma aula de Didática ou Filosofia. Vi meus amigos nos corredores, conversando e brincando, naquela algazarra de eternas crianças, esperando os professores.
Pra completar minha nostalgia, o curso é realizado na sala 6, a sala do 4ºB. Sentei-me mais ou menos no mesmo lugar onde sentava todos os dias. Tudo era muito familiar: as lousas, a bancada, os barulhos, o som do piso de madeira. Até o hábito de afastar a mesa pra fugir do sol, que ficava mais forte conforme as horas passavam.
Apesar do coração apertadinho de saudade e das lágrimas inconvenientes que teimavam em cair, me senti muito feliz. Feliz por saber que aproveitei, e muito, todos aqueles espaços. Que, naquele prédio, onde agora sou recebida como uma professora, vivi a melhor fase da minha vida. Lá cresci como aluna, como educadora, como pessoa.
Coincidência ou não, um email despertou uma vontade nas pessoas que fizeram parte dessa história. Quatro anos depois, vamos nos reencontrar, conversar, comer e rir muito. Rir das mesmas histórias, das mesmas situações, das mesmas piadas, das mesmas figuras. Acalmar um pouco a saudade!

Um comentário:

Carol Marques disse...

Gabi, passou um filme na minha cabeça lendo esse relato.... momentos de nostalgia que nos fazem tão bem recordá-los, neh?
Acredito fielmente que todos esses momentos fizeram de ti uma pessoa melhor, mais madura, segura de si, entre tantas outras qualidades que foram descobertos, ou melhor, desenvolvidas nesse tempo que foi tão valioso em sua vida.
Parabéns pela ousadia e audácia!!!
B*jus na alma,
Ca